PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possiblidades para sua produção ou a sua construção. " Assim acreditava Paulo freire (1921-1997) pedagogo, educador e filósofo,  nascido em Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro, 1921. No início sendo auxiliador na colégio onde estudava Oswaldo cruz, em seguida tornando-se professor na disciplina de língua portuguesa, e mesmo ao ingressar na faculdade de direito, continuou lecionando no colégio Oswaldo cruz, e na belas artes em Pernambuco, assim, Paulo inicia uma grande relação forte  com a educação e pedagogia.

Para Freire, o ponto chave de alfabetização  inicia na linguagem e no diálogo, pois é entendendo o aluno que vamos  conseguir enxergar suas necessidades  para assim trabalhar sob elas. O educador, acreditava e defendia que a ferramenta para transformação da sociedade é a educação, e era contra o costume tradicional de enxergar o docente como " o que carrega conhecimento" e o discente "aquele que espera o conhecimento" para ele, é fundamental a comunicação real entre professores e alunos para atingir resultados positivos na educação.

Com seu método que  buscava conhecer e entender o mundo do aluno e diante disso ensinar, Freire em 1963 ao lado de outros educadores conseguiram em 40 horas, alfabetizar 300 alunos em angicos, na região do interior do Rio Grande do Norte, e vale salientar, que esses alunos eram trabalhadores rurais, pedreiros, domésticos, que enxergava que aprender a ler e escrever era um caminho para melhorias e mudar de vida, detalhes esses que foi documentado no livro Carlos lyra "As quarentas horas de angico". Sua pedagogia buscava instigar os seus alunos a  terem consciência social, passando a refletir sobre trabalho, práticar a leitura da constituição brasileira e cobrar seus direitos como férias, proteção em situações de desemprego ou doenças.

A pedagogia de Paulo e a grandiosidade que ele foi é um exemplo e tem importância até os dias atuais para educação, não só brasileira. Uma de suas homenagens fica na Finlândia desde 2007 com um local exclusivo dedicado para o educador e suas obras e não é diferente em vários outros países, todos reconhecem suas obras e a sua dedicação para um ensino acolhedor e transformador. No Brasil, a lei brasileira número 12.612 criada em 2012, define Paulo  como um patrono da educação brasileira.

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